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Rafael Susskind
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Vazamento de dados de crianças e adolescentes em processos do estado de São Paulo levanta suspeitas e expõe falhas estruturais

O vazamento de informações sigilosas envolvendo crianças e adolescentes protegidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em processos do estado de São Paulo desencadeou uma série de investigações e levantou preocupações sobre a segurança dos sistemas públicos. As suspeitas iniciais apontam que dados sensíveis como nomes, idades, endereços e informações de processos judiciais, podem ter sido expostos indevidamente devido a falhas técnicas, acessos inadequados ou má configuração de ferramentas de automação.

De acordo com especialistas consultados, uma das possibilidades é que sistemas usados para consulta processual tenham exibido informações que deveriam estar sob sigilo, considerando que ações que envolvem menores de idade, por lei, devem tramitar em segredo de justiça. Outro ponto analisado é a existência de integrações entre plataformas judiciais e portais públicos, que podem ter compartilhado dados de forma inadvertida devido a erros de parametrização.

As investigações também avaliam se houve falha humana no manuseio dos documentos ou se o vazamento ocorreu por vulnerabilidades de cibersegurança. A natureza altamente sensível dos dados agrava os riscos, especialmente porque a exposição de informações de menores pode gerar consequências sérias, desde ameaças à integridade física até uso indevido de dados para fraudes.

O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que está apurando o caso e adotando medidas emergenciais para reforçar controles internos, revisar fluxos de publicação e aprimorar barreiras de proteção. Órgãos de proteção da infância também acompanham o caso para garantir que os direitos das crianças e adolescentes não sejam violados e que eventuais responsáveis sejam identificados.

O incidente reacende o debate sobre a necessidade urgente de fortalecer mecanismos de segurança da informação no setor público, ampliar auditorias técnicas e garantir que sistemas que lidam com dados sensíveis sejam projetados com camadas robustas de proteção e validação.

Referência:
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/12/12/como-ocorreu-o-vazamento-de-dados-de-criancas-e-adolescentes-de-processos-de-sp-veja-as-principais-suspeitas.ghtml

Austrália inaugura era de restrições digitais ao proibir redes sociais para menores de 16 anos

A Austrália tornou-se o primeiro país do mundo a implementar uma lei nacional que restringe o acesso de menores de 16 anos às redes sociais. A medida entrou em vigor em 10 de dezembro de 2025 e determina que plataformas como Facebook, Instagram, TikTok, YouTube, Snapchat, Reddit, Threads, Twitch, X e Kick identifiquem, bloqueiem e removam contas de usuários abaixo da idade permitida.

Além de prever multas elevadas para empresas que não cumprirem as regras, o governo australiano defende que a nova política é uma resposta direta ao crescimento de problemas de saúde mental entre adolescentes, associados ao uso intensivo e desregulado de redes sociais. Autoridades afirmam que as normas também visam reduzir riscos de exposição a conteúdos violentos, assédio, desafios virais perigosos e manipulação algorítmica.

No entanto, a implementação enfrenta críticas. Especialistas destacam dificuldades técnicas na verificação de idade e riscos de excesso de vigilância sobre jovens e famílias. Há ainda preocupação com possíveis impactos sociais, como o isolamento de adolescentes e o aumento da desigualdade digital. Apesar das restrições, relatos mostram que muitos jovens já buscam alternativas tecnológicas como VPNs, reacendendo debates sobre eficácia e limites da regulação.

Referência:
https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2025/12/07/australia-comeca-a-proibir-redes-sociais-para-menores-de-16-anos-na-quarta-veja-como-vai-funcionar.ghtml

Mulheres se destacam na cibersegurança e dominam premiação do programa Hackers do Bem

A edição 2025 do programa Hackers do Bem, iniciativa nacional de capacitação em cibersegurança, marcou um momento histórico ao reconhecer cinco mulheres como vencedoras nas principais categorias técnicas do ciclo de residência. A premiação ocorreu durante o Fórum RNP 2025 e evidenciou a crescente presença feminina em um setor tradicionalmente dominado por homens.

As vencedoras passaram por uma trilha intensa de formação prática, com simulação de cenários reais de ataques, resolução de incidentes, auditorias e análise de vulnerabilidades. O desempenho do grupo reforça a importância da diversidade na composição de equipes de segurança, ampliando perspectivas e qualificando respostas diante de ameaças cibernéticas cada vez mais complexas.

Além da premiação, o programa anunciou a abertura de 25 mil novas vagas para cursos de entrada e trilhas especializadas em 2026, ampliando o acesso à formação em segurança digital no país. A iniciativa é vista como essencial para suprir a crescente demanda do mercado por profissionais capacitados.

Referência:
https://minutodaseguranca.blog.br/mulheres-dominam-premiacao-do-hackers-do-bem/

Atualização do Celular Seguro amplia proteção e permite bloqueio mesmo sem o aplicativo instalado

O Ministério da Justiça e Segurança Pública apresentou uma atualização significativa no sistema Celular Seguro, ampliando a capacidade de bloqueio remoto de smartphones roubados ou furtados. Com a mudança, o bloqueio pode ser realizado mesmo que o aplicativo não esteja instalado no aparelho alvo, aumentando a eficácia da ferramenta em situações de emergência.

A nova versão permite ao usuário registrar a ocorrência e solicitar o bloqueio total do dispositivo incluindo linha telefônica, aplicativos bancários e funcionalidade geral, utilizando qualquer equipamento conectado à internet e autenticado com conta gov.br. O pedido pode ser feito em até 15 dias após o incidente, oferecendo uma janela ampliada de proteção.

A medida busca mitigar golpes financeiros, uso indevido de dados pessoais e revenda de celulares roubados. Além disso, o sistema passou a emitir alertas para aparelhos identificados como irregulares, reforçando a integração entre operadoras, instituições financeiras e órgãos de segurança pública.

Referência:
https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/12/11/celular-seguro-agora-pode-bloquear-ate-aparelhos-que-nao-tem-o-app-instalado-diz-ministerio.ghtml

Sabotagens em cabos submarinos reacendem alertas sobre risco de apagão global da internet

A crescente ocorrência de danos e suspeitas de sabotagem em cabos submarinos de telecomunicação voltou a preocupar especialistas em segurança digital e infraestrutura crítica. Esses cabos, responsáveis por transportar mais de 95% do tráfego internacional de dados, são pilares invisíveis da conectividade global.

Regiões como o Pacífico e o Mar Báltico registraram nos últimos anos incidentes envolvendo rompimentos múltiplos, alguns atribuídos a tensões geopolíticas e operações deliberadas. Embora a total paralisação da internet mundial seja considerada improvável devido à redundância da rede, múltiplas interrupções simultâneas poderiam provocar lentidão severa, instabilidade e até isolamento digital de países inteiros.

Governos e empresas passaram a reforçar mecanismos de monitoramento e segurança, investir em rotas alternativas e promover cooperação internacional para reduzir vulnerabilidades. Entretanto, especialistas alertam que os cabos continuam sendo pontos sensíveis e pouco protegidos, e que o cenário internacional atual aumenta os riscos de ataques coordenados.

Referência:
https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2025/12/05/o-risco-de-apagao-na-internet-por-sabotagem-em-cabos-submarinos.ghtml

A Importância do DPO as a Service na Proteção de Dados

Os recentes episódios de vazamento de dados, o endurecimento das regulações sobre proteção de informações e a crescente preocupação com a segurança digital demonstram que organizações estão mais expostas do que nunca. Incidentes envolvendo dados sensíveis, falhas estruturais e novas exigências legais reforçam a urgência de uma governança robusta, capaz de prevenir riscos e responder rapidamente a ameaças que podem comprometer operações, reputação e conformidade.

Nesse cenário, o DPO as a Service se consolida como uma solução prática e estratégica, oferecendo expertise contínua em LGPD e segurança da informação.


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