A violação de dados pessoais é um problema que pode afetar qualquer empresa no mundo, independentemente do seu tamanho ou setor de atuação. Um incidente de segurança desse tipo pode atingir diversas pessoas, como clientes, colaboradores, parceiros, entre outros.
Os vazamentos de dados pessoais causam prejuízos financeiros às companhias, violam o direito de privacidade dos titulares e também afetam negativamente a reputação das empresas.
O que é violação de dados pessoais?
Afinal, o que é uma violação de dados pessoais? Em poucas palavras, a violação é uma quebra de segurança. Normalmente, ela acontece em situações em que informações são expostas a pessoas que não deveriam ter acesso a elas, comprometendo a privacidade das vítimas.
Um incidente de segurança da informação ocorre por meio de acesso aos dados de terceiros sem autorização, de divulgação indevida ou até mesmo de perda das informações. Os incidentes podem atingir a empresa de várias formas, como:
- ataques cibernéticos (como força bruta, ransomware, DDoS);
- vulnerabilidade de softwares e redes;
- roubo e/ou perda de hardware;
- falha humana (como phishing);
- violações internas (quando os próprios funcionários da empresa agem de forma criminosa).
Tipos de violações previstas pela LGPD
A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), em vigor desde setembro de 2020, define várias formas de violações de dados pessoais. Qualquer atitude que vá contra os princípios da lei, como finalidade, adequação, necessidade, livre acesso e segurança é considerada uma violação.
Além disso, a LGPD prevê punição em caso de tratamento inadequado de qualquer tipo, como a alteração das informações sigilosas, incluindo o acesso, a destruição ou a perda.
A retenção de dados por um período maior que o necessário para a finalidade definida ou a utilização de dados pessoais para diferentes propósitos sem consentimento são violações de dados, assim como compartilhar as informações com terceiros.
A violação é crime!
O artigo 154-A do Código Penal versa que um ataque cibernético com o objetivo de coletar dados é crime, e pode levar à prisão por até 4 anos e pagamento de uma multa.
A LGPD, em seu artigo 48, determina que a empresa é obrigada a comunicar à ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) e aos titulares em caso de violação de dados pessoais.
Segundo o Governo Federal, “o cumprimento dessa obrigação junto à ANPD e aos titulares afetados se dá no processo de CIS (Comunicação de Incidente de Segurança)”.
Consequências para empresas
Ainda, há outras consequências da violação de dados pessoais. Com as multas estipuladas pela LGPD e as perdas financeiras consequentes da interrupção das operações da empresa, o prejuízo pode ser alto.
E não só isso: a reputação da empresa e a quebra de confiança por parte dos clientes causam um impacto forte ao negócio. Quando uma organização não consegue proteger os dados pessoais de seus clientes (ou fornecedores, parceiros, funcionários etc.), toda a sua estrutura fica fragilizada.
Como evitar a violação de dados pessoais
A forma ideal de evitar violações é investindo em cibersegurança. Contar com uma equipe de especialistas no assunto, como a DPO Expert, é uma vantagem estratégica, pois montamos um plano de ação para proteção das informações e mitigação de possíveis riscos.
Depois de montar uma equipe de cibersegurança, o passo seguinte é imprescindível: treinar funcionários e agregar as boas práticas de segurança da informação à cultura corporativa.
Não dá para esquecer de implementar políticas de segurança firmes, com diretrizes claras, principalmente quando se trata do uso de dispositivos pessoais no trabalho e do compartilhamento de informações sensíveis. Outros meios são:
- criptografar sites e dados;
- ter um bom controle de acesso;
- atualizar constantemente a infraestrutura e o software da empresa;
- esquematizar uma resposta eficaz, caso ocorram incidentes;
- aplicar segurança da web e de rede.
Outras recomendações
O relatório do custo das violações de dados de 2024 da IBM aponta que mais empresas estão implementando medidas de segurança com IA (Inteligência Artificial).
A pesquisa mostra, inclusive, que o uso de IA de segurança e automação já está trazendo resultados positivos para as companhias. No total, houve, em média, uma redução de custos de 2,2 milhões de dólares (cerca de 12,5 milhões de reais na cotação atual) sobre as violações.
Embora seja uma ideia interessante a ser colocada em prática, a IBM recomenda certo nível de cautela, pois, mesmo com o avanço rápido da IA generativa, somente 24% desses modelos estão realmente seguros.
“A falta de segurança ameaça expor dados e modelos de dados a violações, potencialmente minando os benefícios que os projetos de IA generativa pretendem entregar”, diz o relatório. Então, mesmo com novas tecnologias disponíveis, é importante ter todas as pontas amarradas.
Outras recomendações incluem manter os dados atualizados, ter cuidado com o uso de nuvens públicas e melhorar a capacidade de resposta aos ataques. Leia o conteúdo completo no site da IBM.
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